18.6.09

O MIMEÓGRAFO DO IRÃ

O Twitter tem ajudado na revolução que toma forma contra o regime fundamentalista do presidente Ahmadinejad, do Irã.

Com os meios de comunicação enfrentando uma censura violenta imposta pela mão forte do Estado iraniano, que lhes tolhe a liberdade de expressão, o microblog torna-se grande aliado da população. A ferramenta é um canal eficiente e dinâmico, ideal para promover a mobilização social e amplificar os protestos da população contra o governo - intensifidados após a divulgação do resultado das eleições realizadas no último dia 12, sob suspeita de fraude, na qual o presidente iraniano conseguiu reeleger-se.

Desde a Revolução Islâmica, de 1979, Teerã não vê um levante popular deste calibre. Uma ogiva nuclear na cabeça de Ahmadinejad.

O Twitter, como ferramenta alternativa de comunicação, está para as eleições do Irã assim como o Blog esteve para o 11 de setembro nos EUA, quando os meios de comunicação tradicionais entrartam em colapso após os ataques terroristas da Al-Qaeda. A destacar que, no caso dos EUA, a liberdade de expressão não fora suspensa.
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Aqui, o artigo "Iran's Protests: Why Twitter Is the Medium of the Movement", publicado na Time Magazine desta semana.

Aqui, o artigo "Iranians Protest Election, Tweeps Protest CNN", também da Time.

E, ainda, a série de fotos das eleições e os protestos que se seguiram.

Para acompanhar a revolução iraniana que vem sendo feita com a ajuda da web:

Via Twitter: twitter.com/IranVote
Via Blog: iranvote.wordpress.com
Via Youtube: youtube.com/iranvote

Fazendo História, em tempo real.

ALÔ MINISTÉRIO DA CULTURA

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Foto Rodrigo Soldon

Depois de passar pela barreira de funcionários antipáticos lotados no balcão de recepção e no guarda-volumes do Museu Histórico Nacional, completamente despreparados para lidar com o público, as exposições "Cartazes da guerra - 1936-1939" e "Pierre Verger - Andalucía, 1935" (ambas sobre o período da guerra civil espanhola) são uma maravilha.

Vencendo a rabugentice da recepção, deixe-se levar pelos salões do museu. É um bom passeio, apesar do susto na entrada. Mas não se demore muito, posto que há sempe um funcionário à espreita, com cara de nenhum amigo, doido para te enxotar sob a justificativa surrealista de que "você demorou muito olhando as coisas. Agora já era, sai que vai fechar!".

De que adianta portas automáticas à moda dos aeroportos chiques, o acervo de mais de 287 mil peças de valor histórico inestimável que inclui a maior coleção numismática e filatélica da América Latina, coroas, espadas e carruagens de séculos distantes se o visitante é recebido por funcionários carrancudos que o atendem tirando carne entre os dentes com a unha pintada de vermelho sangue, doidos para te varrerem do local?

Depois nego reclama por que diabos São Paulo tem roubado a importância cultural que um dia fora do Rio.

Olimpíadas na "cidade maravilhosa", né? Tá bom.

Pendura na parede que é Dali purinho.

8.6.09

SHELBORNE

Cerro os olhos
E vejo as unhas vermelhas
Sobre a máquina
De coca-cola
De um hotel em Miami
Out of order

À MODA ANTIGA

repair_manifesto

Um grupo de holandeses, formado por designers e curiosos de plantão autodenominado Plataform21, tem como atividade passar o tempo fazendo experiências diversas com objetos de toda sorte. Uma antiga capela de Amsterdam serve-lhes de laboratório. Nela, fazem suas pesquisas tendo como inspiração o estudo do design.

E consertam coisas. Muitas delas. Das mais diversas, indo de guarda-chuvas quebrados à teias de aranha furadas.

Estranho? O Plataform21 não acha. A paixão do grupo pelos objetos danificados é tanta que o pessoal criou um Manifesto no qual defendem que "consertar significa dar ao seu produto a oportunidade de ter uma segunda vida. Consertar não é pregar o anti-consumo. É evitar de se jogar algo fora desnecessariamente."

Aqui, o manifesto na íntegra.