TEM FERA NO TIM
A lista do Tim Festival desse ano tá cheia de bandinhas "descoladas", como você já viu. O caderno Ela, em peso, deve lotar a Marina da Glória. Zeca Camargo não perde por nada. Vai ser o BAFO! Lucio Ribeiro, sempre insuportável, deve ter achado a lista "fofa". Um hype só. E grande parte desse hype tá em cima dos Yeah Yeah Yeahs e outras bandinhas perecíveis da vida - nada contra a Karen O, essa eu acho uma graça, mas perde fácil pra Maria Flô. Pra piorar, nego ainda teve o disparate de escalar o Bonde do Rolê. Melhor não comentar. Saudade do ano passado. Quem se lembra do espetacular show do Elvis Costello sabe que vai ser difícil repetir a dose de emoção esse ano. Não vou nem falar da saudade imensa do show da Björk com o Eumir Deodato porque se trata de outro festival. Fiquemos com o Tim, portanto.
Herbie Hancock virá. Porém tenho ouvido pelas noites "alternativas" afora, incrédulo, gente torcer o nariz para a escalação do músico. Alternam desconhecimento com deboche. Não faltam piadas com o nome do pianista boa praça. E são os mesmos que exaltam, por exemplo, as presenças de Beastie Boys e Daft Punk no festival. Sobre o que dizem, acho um equívoco, para ficarmos com um adjetivo mais elegante. Quem brinca com mixers e turntables (ou quem dança ao som deles) sabe exatamente a importância de Hancock para a música eletrônica, sobretudo para os Djs. "Rock it", som que o pianista fez em parceria com o DJ GrandMixer DST, na década de 80, foi a pedra fundamental de toda essa história que elevou aqueles que fazem miséria com os pratos à condição de músicos. Se não fosse pela coragem de Herbie Hancock em se juntar com GrandMixer DST - um DJ de hip hop que tocava nas festas do Afrika Bambaataa, nos guetos de Nova Iorque - talvez não existissem grupos como Daft Punk hoje. Os músicos/DJs reconhecem a importância do pianista para a música moderna. Portanto, não assitir ao show de Herbie Hancock é um erro, acho eu.
Não leva fé que o cara é imperdível? Então saca só:
Ao vivo com GrandMixer DST tocando "Rock it" (1983).
Na Vila Sêsamo, divertindo a molecada ao demonstrar os poderes do seu sintetizador. Destaque para o monitor de fósforo verde exibindo gráficos de ondas sonoras. Tem um nerd pilotando um jurássico computador ao fundo também. Papa-fina!
Dividindo o palco com Thomas Dolby, Howard Jones e Stevie Wonder em uma histórica apresentação no Grammy de 1985. Segura o queixo aí pra não cair.
3 comentários:
Só vou no terceiro dia pra ver o Birck e, se der, Herbie Hancock.
Agora é assim: ou eu vejo show sentada ou, bem, esse negócio de ficar disputando espaço e se acotovelando com o alheio eu deixo pros jovens.
Puta seleção de You Tube, hein? Você tá se aprimorando nessa arte. :~)
Haha. O tal post está virando um PROJETO DE MESTRADO.
Vai ter que esperar eu passar na UFRJ, ha ha.
:)
1) Quem é Maria Flor ?
2) Não acredito que vc ache o Yeah yeah yeahs bandinha pra caderno ela!!!
O bonde é questionável, a bobagê não agrada a todos mesmo.. Mas a Karen O.. a Karen O é fodona, emociona, distorce, esmaga e morde pescocinhos (dá uma olhada no clipe de Y control no You tube).
BJ
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