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- Olá, como vai?
- Td blz, mlk!!!! - ele devolve na lata, riscando exclamações como quem acende fósforos.
Eu, olhos fanzidos, pés de galinha bem marcados, não entendo. Torno a perguntar, a veia roxa saltando da têmpora esquerda. Súbito, ele lasca um lírico "uhauhauhauhauha" e antes que eu levante as duas sobrancelhas como gato escaldado, completa misterioso: "rsrrsrsrsrsrs". Sigo o vinco da testa com o indicador, ajeito os óculos sobre o nariz, coço a barba, fios que insistem no queixo...
Impaciente, ele arremata com o derradeiro "flw, lsk t+!!!!"
Sou do tempo em que se falava pelos cotovelos.
Não pelos dedos.
parte 2 , parte 3
Para celebrar o centenário de Nelson Rodrigues, o Around Venus exibe a entrevista que o dramaturgo concedeu ao seu amigo Otto Lara Resende (já publicada no blog).
Apresentado pela TV Globo em 1977, o bate papo traz Nelson com 65 anos de idade gozando, apesar de recém saído de um coma, de "uma saúde de vaca premiada", como observou Otto.
À época, ele havia acabado de lançar O Reacionário, seu livro de memórias, e estava lá para falar sobre a obra. A entrevista, obviamente, foi muito além disso.
Aprecie este raro momento.
A entevista foi publicada pela primeira vez na internet aqui no Around Venus
O humorista esteve no programa exibido dia 30/07/12, pela TV Cultura / TV Brasil.
"Me divirto mais atrás do computador do que na rua”
“Hoje, o CQC é um programa de bundão”
“Eu não posso controlar o que o alvo da minha piada vai sentir”
Foi entrevistado por:
- Guilherme Fiuza (autor de "Meu nome não é Johnny" e "Bussunda"; colunista da Época)
- Mauricio Stycer (repórter e crítico do portal UOL)
- Silvia Poppovic (jornalista, ex-apresentadora da Band)
- Tereza Novaes (editora do portal F5, da Folha de S. Paulo)
- Cristina Padiglione (colunista de TV do jornal O Estado de S. Paulo).
Nos cartuns, a pena ágil e precisa de Paulo Caruso.
Divirtam-se. Ou não.
Em 1985, Globria Maria vai à Cidade do Rock entrevistar Caetano Veloso e Gilberto Gil. A dupla não esconde o deslumbramento com o espaço e os equipamentos do festival, até então inéditos no Brasil.
A matéria foi levada ao ar pelo Fantástico (Globo), numa exclusiva sobre o primeiro Rock in Rio, realizado em janeiro de 1985.
Caetano, sempre descolado, surge com um shortinho MINÚSCULO que revela toda a polpa do seu, digamos, derrière.
Bem à vontade no modelito, que acompanha uma regata nude, lasca:
"Eu tenho muita vontade de subir em palco sempre".
Gilberto Gil está mais contido. Brilhou, contudo, doutra feita, quando posou seminu ao lado da transexual Roberta Close no extindo Gala Gay, tradicional baile de carnaval carioca que acontecia no finado Scala.
O vídeo traz ainda Erasmo Carlos vestido de "cowboys do espaço" e uma entrevista com o Queen, feita pelo jornalista Renato Machado*, ainda um jovem repórter antes de ser alçado à bancada do "Bom dia Brasil".
*Após 15 anos à frente do telejornal, Renato Machado cedeu lugar recentemente a Chico Pinheiro, quem divide agora a bancada do matutino com a Renata Vasconcellos.
O Brasil estava presente no Rock in Rio com todas as suas contradições (...) Dentro, nós podíamos fumar maconha, nós podíamos amar mais ou menos à vontade; enquanto do lado de fora quem tomava conta era a polícia montada. Do lado de fora está a repressão, a ausência das possibilidades de desenvolvimento.
Nos anos 1980 Gabeira apresentou uma série semanal chamada Video Cartas, exibida pela TV Bandeirantes. Lançando mão de uma linguagem moderna para a época, o programa era voltado para os jovens que começavam a sentir o gostinho da liberdade pós-ditadura militar. Com voz mole, Gabeira abordava criticamente as questões relacionadas ao Brasil arcaico e os desafios da Nova República - que dava seus primeiros passos com Tancredo Neves. Era uma das primeiras tentativas de mostrar, livre da ameaça da censura, as contradições brasileiras: de um lado, um país moderno, de importantes indústrias; doutro, um país miserável, onde as pessoas morriam de fome.
Veja o primeiro episódio da série, mais de 25 anos depois de ser exibida na TV. O vídeo tem quase 10 minutos. Mas ver Gabeira vestido de CAZUZA, faixa na cabeça, calça vermelha COLADA e camisa AMARRADA no peito, vale cada minuto de conexão.
Só não vale sair por aí de sandalinha de couro, bolsa peruana atravessada no peito, barbicha e livrinho de Nietzsche debaixo do braço maldizendo a sociedade do espetáculo.
E para o leitor amigo do Around Venus que não conseguiu comprar ingressos pro Rock in Rio 2011, agora só resta, à cabeceira, a água barrenta no copo de requeijão e a cartela de Lexotan pronta para ser estourada nas noites insones.
Lembrando que para assistir aos shows ao vivo pela internet é só clicar AQUI.
Assista ao Rock in Rio 2011 ao vivo pela internet AQUI. Transmissão oficial durante os sete dias de festa.
A cobertura extraoficial do festival pelo Twitter também é sensacional no #Rockincasa
Algumas do @ValeTudoFacts sobre o primeiro dia do evento:
-- "Pronto, agora vai descer o disco voador rosa da Xuxa e levar a Katy Perry pra Lua de Cristal."
-- "O show da Katy Perry é o Criança Esperança."
-- "Boa participação do Gandalf [Senhor dos Anéis] solando no show do Sir Elton John."
-- "Sir Elton John tá a cara do Dan Aykroyd! [Os Caça Fantasmas]"
-- "'Eu soam rock and roll das antiangas, néam" -- Christiane Torloni muito chapada dando entrevista na área VIP'"
* * * * *
Curiosidades da primeira noite
:: Julio de Sorocaba
Katy Perry cata um rapaz na plateia, apalpa-lhe os peitos nús, faz uma checagem minuciosa no material (incluindo aí os "documentos"), tasca-lhe um beijo e o devolve para a multidão. E ele cai diretamente no topo dos Trend Topics do Twitter.
O nome do cara? Julio, um professor de informática da cidade de Sorocaba, São Paulo. A partir de hoje, conhecido mundialmente pela alcunha "Julio de Sorocaba". Até o momento, está com 38.669 seguidores no perfil do Twitter. E contando.
Rápido no gatilho, vagabundo criou verbete na Wikipédia sobre o sortudo. Não se espantem se o virem na edição do Big Brother Brasil 12 ou A Fazenda 5.
---> Aqui você assiste ao vídeo do momento exato em que isso ocorreu.
:: Globo X SBT
Enquanto a Globo gasta zilhões de dólares pela exclusividade da transmissão do Rock in Rio, o SBT tira da gaveta (mais uma vez) o filme "Meninas Malvadas", com a ruivinha Lindsay Lohan, e fica acima do RiR nos Trend Topics do Twitter. É MUITA gente trocando os shows do RiR pelo filme do SBT!
E o show está apenas começando.
Os sete dias prometem.
Yeah!
\m/
Este mês os atentados terroristas que derrubaram as torres do World Trade Center, em Nova York, completam 10 anos. A data marca ainda os primeiros movimentos de retaliação dos Estados Unidos. Em nove de uma inédita e subjetiva “guerra ao terror”, dois países são invadidos (Afeganistão e Iraque) e o resto é história.
Ciclos de números inteiros são importantes para a reflexão a respeito de acontecimentos que marcaram a humanidade. Neste momento em que o mundo relembra os fatos que marcaram aquela tarde de verão americano em 2001, faço um relato pessoal de um período em que vivi nos EUA, um ano antes dos atentados.
Ideologias à parte, os EUA são um país fantástico. Casa do MIT, de Harvard, Yale e da NYU. Dos scholars, da educação levada a sério e da pesquisa científica. País que incentiva a cultura, as atres e a literatura. Nação da liberdade, ferida em seu coração.
Ameaça nuclear
Viver na terra das oportunidades é experiência singular, mas marcante por outro motivo: a paranoia NUKE (ataque por bomba atômica), que está por toda parte. Mesmo num bairro bucólico, onde os prédios brickstone não passam de seis andares e a neighborhood é das mais agradáveis, os traços da ameaça nuclear da destruição em massa são presentes. Contudo, não parece haver pavor. Viver à espera do juízo final faz parte do cotidiano, assim como fazem parte as carrocinhas de hot-dog nas esquinas multiculturais de Nova York. A paranoia acompanha os americanos desde o início da Guerra Fria. Convivem com isso há gerações. Portanto, já foi completamente assimilado. Tiram de letra.
Num primeiro momento, porém, chama a atenção do estrangeiro. Em NY, todo bairro, quiçá prédio, tem um fallout shelter, ou seja, um abrigo nuclear. É comum vermos nas fachadas placas indicando a localização desses espaços. As plaquetas são onipresentes e nos causam inegável impacto na primeira vez que nos damos conta da sua existência. Assusta mesmo. Trazem à tona a lembrança de que "estamos sob constante ameaça externa". Nas escolas, alunos são orientados sobre os procedimentos que devem ser adotados em caso de ataque repentino. Espantoso.
Esteja pronto!
E é tudo levado muito a sério, como se estivéssemos a qualquer momento prestes a enfrentar uma chuva de mísseis intercontinentais. Para se ter uma ideia, o Department of Homeland Security (Departamento de Segurança Interna) mantém no ar a página Ready America, dedicada exclusivamente à orientação sobre os procedimentos que devem ser adotados caso o país sofra um ataque nuclear terrorista, sempre iminente. O órgão disponibiliza também um sistema nacional de informação contra terrorismo (National Terrorism Advisory System), que mede o grau de ameaça enfrentado pelo país e orienta a população sobre possíveis riscos. Ele conta com um serviço de alertas presente nas mídias sociais como Twitter (www.twitter.com/NTASAlerts ) e Facebook (http://facebook.com/NTASAlerts).
Um país refém
Apesar de toda sua sofisticação, os EUA são um país refém, como uma criança, de um sistema baseado no medo que data do início do século passado. Desde os ataques do 11 de setembro, esse medo tem o respaldo do Departamento de Segurança Interna, criado por Bush logo após os atentados. Mantendo a população em alerta, o órgão disponibiliza na Internet um "guia de sobrevivência" onde há dicas para diversas ameaças, como armas químicas, biológicas e explosões nucleares, por exemplo. Há ainda um guia para crianças, com ilustrações de aventura, e um para businessmen. Além disso, o Departamento disponibiliza um manual detalhado de prevenção em caso de emergência.
* * *
Para um aprofundamento maior sobre os atentados terroristas aos EUA, o blog indica a série de reportagens feitas por Geneton Moraes Neto para o especial Dossiê Globo News sobre o 11/9.
* * *
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Chico e Thais tem jeito de que ficam pelados na cama conversando como se nada estivesse acontecendo, estilo nouvelle vague, discutindo existencialismo.
Volta e meia um pega o violão e dedilha um "larari larará" enquanto o outro sopra a fumaça do cigarro, que cobre o casal numa bruma azul, enlaçando-o em fina camada de cumplicidade.
A garrafa de vinho na metade.
A marca de batom numa taça suando frágil conta rubra.
Um pileque.
Chico Buarque e Thais Gulin: "Se eu soubesse"
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O celular deve ter um leitor de QR Code instalado. Caso o aparelho não possua um, recomendo baixar o Goggles, leitor gratuito da Google. Há outros bons também clicando aqui.
Mais um serviço Around Venus para o leitor amigo!
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Amy Winehouse acompanhada de Charlotte Church numa versão avassaladora de "Beat It", de Michael Jackson.
A homenagem aconteceu no "The Charlotte Church Show", programa de entrevistas exibido pelo Channel 4.
Em tempo, Charlotte Church é aquela que, outrora, fez um improvável dueto com Agnaldo Rayol, cantando a música "Tormento d'Amore", tema de abertura da novela Terra Nostra exibida pela Globo entre 1999 e 2000. Charlotte contava, à época, 14 anos. Chegou a se apresentar, ao lado de Rayol, no Faustão.
Amy dispensa apresentações.
É mito.
E os mitos não morrem.
Beth Carvalho está errada, Paulinho da Viola está errado, e Caetano Veloso, nos primórdios do tropicalismo, também estava errado quando fez a música “A voz do morto”, ironizando “a voz do morro”. Esta divisão não me interessa porque serve justamente ao nacionalismo xenófobo e complexado. Quero que o samba tenha um amplo espectro como formador de nossa cultura.
Após duas décadas de serviços prestados à "má música", Rogério Skylab, o grande trovador das esquinas sujas cariocas, lança seu derradeiro álbum: SKYLAB X.
No embalo ébrio, convido vocês a lerem a entrevista que o cantor me concedeu, onde falou sobre suas influências e fez diversas reflexões como esta que abriu o post.
Show de lançamento do SKYLAB X
Dia 16/06
Teatro Odisséia, Lapa, Rio de Janeiro
Entrada: R$ 30,00
(lista amiga e Flyer: R$ 20,00)
Inspirado no Dia Mundial sem Tabaco, eis uma pequena coletânea politicamente incorreta para o leitor amigo.
Around Venus destaca que não fuma nem nunca fumou. Coisa alguma. Nem cigarrinho de chocolate*. E sublinha: tem alergia BRABA à fumaça!
Antes, Sonic sai diretamente do Mega Drive para mandar um recado:
"Fumar faz mal à saúde".
O porco-espinho mais rápido da TV de tubo não poderia estar enganado.
Pois bem.
Mouses a postos, enjoyem os vídeos selecionados abaixo. A reflexão fica a cargo do freguês.
Em 1939, ROBÔ dourado apresentado na Feira Mundial de Nova York já fumava seu cigarrinho.
Agora o ano é 1949 e os "médicos preferem fumar Camel a outros cigarros", diz o anúncio da TV.
Em Seinfeld, dois momentos sensacionais. No primeiro, Kramer fuma e bebe AO MESMO TEMPO (atenção ao grand finale quando ele termina a tragada). No segundo, George, sagaz que só, tira onda de fumante com Susan.
Na outra ponta, em Friends, Chandler ensina Joey a dar os primeiros tragos: "Não pense nisto como um cigarro. Pense em algo que está faltando na sua mão"
Voltando à década de 1930, no filme "Freaks" (1932) homem-cobra (apelidado por não possuir os braços e as pernas) exibe sua habilidade em acender e fumar seu cigarrinho. (Feito com atores cujas deficiências eram reais, "Freaks" fora banido do circuito por 30 anos, tornando-se cult a partir da década de 1960 - hoje facilmente encontrado em DVD e na internet).
Pato Donald, que já se envolveu em polêmica Nazista tratada aqui, aparece fumando em desenho de 1938, cuja exibição fora proibida nos cinemas e TVs.
Hábitos da idade da pedra: Fred e Barney, dos Flinstones, queimando tudo num momento relax. Neste outro, Fred vai a uma "grocery" e compra um maço.
Falante como nunca, Chico Buarque acompanhado do seu filtro branco em entrevista à Marília Gabriela, em 1983.
Malu Mader fuma Lark, enrola a linguinha pra soltar fumaça e dança reggae molinha na Jamaica. Anos 1990.
Adriano Reys, ator que interpreta Renato Filipelli na novela Vale Tudo, aplica na bolsa e fuma Minister.
Uma coletânea dos espetaculares comerciais do cigarro Hollywood.
*Tá. De chocolate, sim. Mas era RUIM demais, gordura hidrogenada pura.
Este é o Maquinho, projetado por Oscar Niemeyer em forma de bumerangue para abrigar o Módulo de Ação Comunitária do Morro do Palácio, em Niterói. A construção, inspirada no famoso Museu de Arte Contemporânea (MAC), encontra-se neste estado desde a enxurrada que atingiu a cidade em abril de 2010.
No local, sacos pretos desgastados são usados de improviso para conter um possível desmoronamento sobre a Avenida Almirante Benjamin Sodré, no bairro da Boa Viagem. Inaugurada em 2008, a construção modernista foi ameaçada pela enxurrada de abril, marcada pela tragédia ocorrida no Morro do Bumba, em Niterói. Em tempo, os desabrigados do Bumba estão morando até hoje na Praça JK, no Caminho Niemeyer, área também usada como cracolândia.
O estrago pode ser visto no mundo inteiro através do Google Street View
O aplicativo da Google aponta com clareza uma enorme erosão na face da encosta que dá para a Baía de Guanabara. Para visualizar, basta seguir o link
As obras necessárias para salvar o Maquinho do desabamento é de R$ 27.117.518,19. Assim mesmo, com a precisão nanométrica dos centavos.
Você já viu a cobertura da Passeata dos Humoristas, manifestação organizada pelo pessoal do Comédia em Pé feita na orla de Copacabana contra a censura aos comediantes imposta pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que proíbe a classe de fazer sátiras dos candidatos às próximas eleições.
O que você não viu (ainda) foram os BASTIDORES desse encontro. E é o que Around Venus traz para o leitor amigo nas notas abaixo.
ESQUENTANDO OS TAMBORINS
A passeata ainda estava no esquenta, grupo tímido se formando em frente ao Copacabana Palace por volta das 15h. Humoristas de visibilidade modesta davam entrevistas "ao vivo pela internet". Danilo Gentili, do CQC, fazia as primeiras observações para gravar o programa da Band enquanto dava alguns autógrafos.
Súbito, um frenesi ao lado oposto da aglomeração. Era Sabrina Sato, que, pele brilhando ao sol coberta de maquiagem forte, desembarcava da van da Rede TV! sob o espocar cintilante dos flashes.
PARIS HILTON TOTAL
Pose para os fotógrafos. Dedinho em V de vitória, jogadinha de cabelo pra cá e pra lá. Cabeça tombando ora pra esquerda, ora pra direita. Um sorriso de propaganda de creme dental emoldurava seu "oi gennnnte!". Uma rodadinha característica. Pronto, a manifestação do humor estava aos seus pés. Se Sabrina é humorista, não sei. Mas literalmente roubou a cena na Avenida Atlântica. Paris Hilton total.
NÃO É COM ELE
Danilo Gentili, do CQC, que minutos antes cansava o punho distribuindo autógrafos, foi deixado pela multidão, que partiu em direção à japa do Pânico. Gentilli, simpático, continuou o plantão carioca, colhendo depoimentos e personagens para o programa comandado por Marcelo Tas.
"CHICO CARUSO"
Produtores da Rede TV! se encarregavam de caçar humoristas famosos. Sabrina desembarcara no Rio para colher entrevistas que, à noite, seriam exibidas no "Pânico na TV". Correria da equipe. E deu-se o diálogo entre a japonesa e um de seus produtores, rapaz cujo rosto lembrava o de Rocky Balboa, boquinha torta e tudo:
- Vai, Sabrina, entrevista ele!
- Quem é?
- Chico Caruso - e anotou na prancheta a cola.
Era Nelson Freitas, do Zorra Total.
MANTENDO A FORMA
Claudio Manoel chegou bebendo Coca Light quando Sabrina, microfone em punho, o abordou. "Fala, querida!", disse o humorista do Casseta e Planeta, estalando um beijo na bochecha e abraçando a japa com entusiasmo. Quando se deu conta de que bebia o refrigerante diante das câmeras, pôs a latinha no chão: "Pera aí que não vou fazer propaganda!". O Casseta falou a sério e a brinca, imitou "seu Creysson" e foi ovacionado.
FOME DE FÊMEA
"Olha a Sabrina, mané!", ouviu-se ao fundo. "De biquíni?", perguntou um banhista correndo vindo da praia. "Não", respondeu o amigo. "Ah, então num fode", devolveu e voltou pro mar.
DEBAIXO DA SAIA
Sabrina continuava trabalhando quando, de repente, uma menina de não mais de 6 anos surgiu por debaixo da diminuta saia da apresentadora: "Olha eu aqui, gente", disse dando tchauzinho pra câmera, arrancando risos da japonesa. "Tira ela daí, criança não pode aparecer no Pânico", avisou o segurança.
CERCADINHO VIP
Um quiosque se transformou em "cercadinho Vip" involuntário. Refúgio encontrado por alguns humoristas fugindo do assédio. Sossego para a repórter da Globo, Mônica Sanches, entrevistar os artistas da casa. Diante das lentes, era como se não existissem os homoristas de outros canais. Hélio de la Peña, mais contido por conta da timidez, dava entrevista no quiosque para a repórter.
COMUNISMO À SOMBRA
Cabos eleitorais com bandeiras comunistas tentavam faturar em cima da manifestação. O sempre candidato Cyro Garcia, do PSTU, sob um coqueiro, gastava o Marx. No chão, um bolo de santinhos do André Lazaroni (ex-André do PV, do Partido Verde, e atual PMDB). Não faltou político ocasional pedindo "Dá uma força aí, amigo", enquanto deitava um panfleto na mão dos desavisados. Os seguranças da Rede TV! trabalharam dobrado para afastar as bandeiras e cartazes políticos das câmeras da emissora.
SEM JACARÉ
Correria no cercadinho. Bombom, ex-Dudu Nobre e agora apresentadora do TV Fama, da onipresente Rede TV!, surge em um microshort. Tenta algumas entrevistas e vai para a galera. Muitas poses e algumas fotos depois, aponta para a camisa pólo de um rapaz e exclama com voz rouca: "Tá faltando o jacaré, hein!", e deu um sorriso de muitos dentes. Não era uma Lacoste.
CAPETA EM FORMA DE GURI
"Ié, ié! Glu, glu!" Era Serginho Mallandro que chegava, arrastanto marmanjos que há pouco cercavam Bombom. O comediante vinha na companhia do filho, que mais parecia seu irmão. Diante da jovialidade do Mallandro, ouve-se o lamento de um rapaz ao fundo: "Queria ser filho do Serginho...".
MELHORES AMIGOS
Lúcio Mauro Filho, o Tuco da "Grande Família", após dar entrevista para Bombom, juntou-se ao humorista. A passeata seguia pela orla em direção ao Leme quando os dois deixaram o "cercadinho" e foram andando pelo "bossanovístico" calçadão de Copacabana para juntar-se ao grupo. Mallandro, andando com a marra característica carioca, deu várias entrevistas pelo caminho, assinou papéis e deixou-se fotografar. A dupla era só sorrisos.
TROCA-TROCA
Paulo Bonfá, apresentador do "Rock e Gol", da MTV, seguia pelo mesmo caminho entrevistando Danilo Gentili. Excetuando-se a Globo, era comum colegas de emissoras diferentes entrevistarem uns aos outros.
NÃO É A MAMÃE
No Leme, o músico Léo Jaime atendia a um repórter quando a voz maldosa comentou lá atrás: "Está a cara do Dino da 'Família Dinossauro'". Léo não ouviu.
Capitaneada pelo comediante e roteirista do Zorra Total, Fábio Porchat, o ato batizado de "Humor Sem Censura" partiu de Copacabana (em frente ao Copacabana Palace) e seguiu até o Leme. Ao longo do percurso, Porchat leu o manifesto dos humoristas contra a norma do TSE, em vigor desde 1997. O protesto contou ainda com as participações de Hubert e Marcelo Madureira (Casseta e Planeta), Castrinho, Márcio Melhem, José Santa Cruz (Zorra total) o pessoal do Kibelouco, o Comédia em Pé entre outros.
Texto e foto Emiliano Mello
Malandro é o gato, que mora no telhado e não paga aluguel, já dizia seu Agapito, vendedor de hortaliças aqui do agreste. Dia desses, fim de tarde bucólico, sol se pondo, estava descendo aquele murgulhão em Botafogo que dá no Rio Sul - bela ratoeira pros desavisados - e não vi uma alma sequer lá embaixo.
O balcão da segurança estava vazio. Além das minhas pernas, o único movimento naquele subterrâneo era o balé de um saco plástico evoluindo ao vento. Temi. Um fio de suor desceu gelado das têmporas. Eu era a isca perfeita prum vagabundo me acertar em cheio um "shoryuken" à la Street Fighter - de leve, só pra me deixar esperto. E levar meus dois-reais-e-trinta-centavos, do ônibus.
Quando, enfim, saí do mergulhão, andei uns metros e avistei um grupinho de três pessoas. Ao me aproximar, um malandro tocava cavaquinho enquanto um dos seguranças munhecava o pandeiro. Seu parceiro de profissão, mulato elegante, levava no gogó sucessos do Belo cmoo se não houvesse amanhã, batendo na palma da mão. O pagode estava uma uva. E eu segui com a certeza de que as Olimpíadas de 2016 serão um estouro. O Rio é samba, o resto é Sampa.
Após dois anos de atraso, finalmente a jaqueta da plataforma de Mexilhão ganha o mar, ainda que, de início, deslize sobre as águas mansas da Baía de Guanabara, embarcada em uma balsa guindaste. A jornada até o destino final será longa, no entanto. Chegará ao fim na Bacia de Santos, a cerca de 140 quilômetros da costa de São Paulo.
Por enquanto, a espetacular estrutura ainda pode ser vista no estaleiro Mauá, ao lado direito da ponte Rio-Niterói (direção Niterói), logo após a Base Naval de Mocanguê.
Segundo o gerente de implantação de Mexilhão da área de engenharia da Petrobras, Márcio Alencar, a plataforma zarpará no verão, época em que as condições do mar são mais favoráveis.
Quando instalada, em pé, a plataforma terá 230 metros de altura, mais do que o dobro da altura do edifício sede da Petrobras, no Rio, que conta 29 andares distribuídos em 108 metros de altura.
No auge da operação, o campo de Mexilhão produzirá 15 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia, metade do limite de importação do gasoduto Bolívia-Brasil. Transportará também, de carona, o gás produzido no megacampo de Tupi, no pré-sal.
A plataforma de Mexilhão é a maior estrutura metálica “offshore” de petróleo e gás do país. Segundo a Petrobras, ela entrará em operação em 2010.
* * * *
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Niterói é uma das duas melhores cidades para se viver no estado do Rio, segundo recente pesquisa realizada pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan). Perde apenas para Macaé, onde chovem petrodólares. A pesquisa tem como base a qualidade da saúde, educação, renda e emprego. Atividades informais estão descartadas, o que faz com que o catador de papel José Carlos Martins não exista para a pesquisa.
Seu Zé, como é conhecido, está na rua desde 1995. "A falta de trabalho me empurrou para a informalidade", diz o catador de papel de 39 anos, enquanto empilha caixas vazias sobre a carroça numa esquina de Niterói. A atividade é tão pesada quanto na construção civil, onde já deu expediente. No entanto, é senhor da sua rotina e não responde a superiores: “Trabalho seis horas por dia, faço meu horário e não tenho que ficar ouvindo ordens. Na rua é muito ‘maneiro’, tiro em média R$ 25 por dia”. Com o dinheiro, sustenta casa, duas filhas na escola (“disso eu não abro mão”) e está construindo outra residência no bairro Riodades. José Carlos está feliz, mas nem sempre foi assim.
Antes de encontrar-se, seu Zé andou perdido, praticando assaltos pelas ruas do Centro de Niterói: “Eu era ladrão”, diz de maneira direta, sem falso moralismo. Mas não era adepto da violência: “Nunca fiz mal a ninguém, sempre fui medroso. Roubava e saia correndo, morrendo de medo do cara me bater”. A vida de bandido terminou atrás das grades, onde passou quatro anos de cão. No cárcere, sofreu inúmeras humilhações pelos policiais, sentiu saudade da liberdade, dos amigos. Apanhou bastante. Quando saiu, decidiu mudar de vida: “A cadeia me ensinou muita coisa. Principalmente que eu não quero nunca mais voltar para lá”.
E foi um agente administrativo do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) quem lhe iluminou o caminho, apontando a reciclagem como ramo promissor. Seu Zé embarcou na onda e, desde então, cata papel no mesmo ponto há dez anos. “Eu retiro da rua o que as pessoas largam para trás. Tiro do lixo o meu sustento”. Seus ‘clientes’ vão desde as lojas de informática do Centro à Universidade Candido Mendes. Mas nem sempre o que está no lixo é lixo, ele nos ensina. “Já achei muita coisa boa. Certa vez catei uma caixa com 600 celulares novos. Pra tirar do lugar foi difícil, mas pra vender foi fácil, fácil. E faturei uma graninha”.
No lixo, José Carlos aprendeu o valor da reciclagem, não só o financeiro como, sobretudo, o ecológico. Apesar de não existir formalmente para a sociedade, tampouco entrar no índice da Firjan, seu Zé segue orgulhoso com seu trabalho de catador, certo de que está contribuindo, e muito, com o meio ambiente: “Eu ajudo muita gente. Uma garrafa pet demora 200 anos para se decompor. Eu faço ela sumir em 10 minutos”.
Obrigado, seu Zé.
* * * *
Essa vai para o presidente Lula, que ontem sugeriu que os jornalistas esquecessem a pauta do editor e fossem às ruas atrás dos personagens marginalizados pela nossa sociede: "Vocês (jornalistas) têm aqui a oportunidade de fazer a matéria da vida de vocês", disse o presidente em seu discurso na inauguração da Expocatadores (Exposição Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis) ontem, em São Paulo. Lula concluiria mais adiante: "Aí vocês vão compreender por que a figura do chamado formador de opinião pública, que antes decidia as coisas nesse país, já não decide mais. É porque esse povo já não quer mais intermediário."
* * * *
Em tempo: escrevi a matéria sobre o catador de papel há alguns dias, antes de qualquer sugestão presidencial. Mantive-a na gaveta aguardando uma boa oportunidade para publicá-la. Eis que chegou o momento.
Não fiz a matéria da minha vida, mas fiz da do Seu Zé.
* * * *
Rendi-me ao Twitter. Clique aqui para seguir.
Instalei dois novos dispositivos aqui no Around para tornar a navegação de vocês ainda mais agradável. Os gadgets estão disponíveis no blog desde ontem, e podem ser acessados ao final de cada post. Abaixo, um pouco sobre cada um deles.
** O primeiro é um serviço de compartilhamento que reúne diversas mídias sociais.
A função do gadget é simples: permite que o leitor divida com sua rede de relacionamentos os posts que mais lhe interessar. Também possibilita a inclusão de posts em seus favoritos, agregadores de conteúdos e até mesmo no Twitter. Há também a opção de imprimir determinados textos ou enviá-los por e-mail, à escolha do freguês.
** O segundo é um sistema que "resgata" posts antigos já publicados por mim aqui no blog, relacionando-os com os textos atuais a fim de estimular a navegação no vasto arquivo do Around.
Em outras palavras: o sistema convida o leitor a mergulhar fundo no universo do Around Venus e, porventura, surpreender-se com assuntos tratados aqui outrora. Para o bem ou para o mal.
São dois serviços bastante úteis que tornam a navegação muito mais rica e dinâmica. Tudo simples, a um clique de distância.
Lembrando que a área de comentários continua disponível. Ela é de vocês!
Portanto, leiam, naveguem à vontade e conheçam um pouco do meu trabalho feito aqui neste universo paralelo.
Em breve, mais novidades por aqui.
Around Venus, use SEM moderação.
;)
LUA DE FEL
Shanti, Thathy, Hyppnos Club, Oniks, Inlakech, E-jekt, System Nipel, Raja Ram, Akasha, Edrixx, Exaile, E-Cox, Quantze...
Por que raios DJ/festa de música ruim tem nomes impronunciáveis, azedos?
Veja como as alcunhas têm sonoridades ásperas, cheias de arestas.
Trance é trevas.
Acho.
PRATA DA CASA: CAMPANHA DO BANCO CENTRAL É QUALQUER NOTA
Você não tem nota em vez de moedas? Quando o pessoal da contabilidade da empresa faz a conferência, sempre conta errado. Eles sempre dizem que está faltando dinheiro no caixa do ônibus. Não sei o que eles arrumam, só sei que contam tudo errado. Aí, já viu, descontam do nosso salário. Odeio moeda!
- Disse-me a trocadora da Viação Santo Antônio, linha 39 (Piratininga-Centro), em Niterói.
É neste cenário que o governo, através do Banco Central (BC), lança hoje uma campanha milionária para estimular o uso de moedas pelos consumidores.
Segundo estudo encomendado pelo BC, cerca de 50% dos 15 bilhões em moedas cunhadas no Brasil não estão em circulação, mas sim guardadas nas casas das pessoas. Algo em torno de R$ 7,5 bilhões adormecidos em algum canto.
Para estimular a circulação desse ativo, o governo investiu R$ 12 milhões na campanha publicitária. Programadas para serem exibidas até o final do ano, as peças serão veiculadas a partir de hoje no rádio, TV, internet, jornais e revistas.
Mas, sem querer pôr caroço no angú da colônia, a tirar pelo relato da trocadora do ônibus, acho que a campanha não vingará.
Fora que dizer que "quando você usa suas moedas, elas viram um lanche delicioso" (fazendo referência a um imenso cheeseburger) é um desserviço para o Ministério da Saúde.
Resolve-se o problema das moedas encalhadas, mas cria-se um outro muito maior de saúde pública.
É o gatilho.
E faltou tato.
O PRÉ-SAL E O PRECÁRIO
Um ônibus da Viação 1001 seguia veloz na ponte Rio-Niterói, como se não houvesse amanhã, com a tampa do motor levantada abanando ao sabor do vento, revelando a gambiarra do motor e colocando em risco quem vinha atrás.
Ao fundo, em contraste, uma imponente plataforma (ou sonda, como queiram) de petróleo jaz no meio da Baía de Guanabara, nosso lindo cartão postal.
O registro feito por mim quarta-feira passada foi publicado também no Ancelmo Gois.
RIO, SEGURANÇA DE PRIMEIRO MUNDO
As novas cabines da Polícia Militar espalhadas pelo Rio são bacanas que só. Dentro, cadeiras confortáveis, uma mesa para despacho, bebedouro e ar condicionado modelo split dos bons.
Anexo, um banheiro completo.
Há também uma simpática persiana, que o tira costuma manter fechadinha da silva durante o plantão: lá fora muito sol, atrapalha a soneca.
Inda bem que é blindada.
E o Brasil?
Verde e amarelo.
A propósito, é que essa era das antigas.
Arrasa, nem!
NOVO GAME: SEJA UM RONALDINHO SKYWALKER
O chapa Thiago Dias, parceiro deste astronauta que vos fala em projetos para conquistar o mundo e editor fera do Globo Esporte.com, acaba de criar um videogame batuta sobre a Liga dos Campeões -- o campeonato europeu de futebol organizado pela UEFA. Tendo como inspiração o clássico filme Star Wars, de George Lucas, o jogo traz os super jogadores Kaká, Cristiano Ronaldo, Pato, Messi e Ronaldinho como cavaleiros "jedis" em uma aventura estelar para vencer o lado negro da Força. O charme fica por conta do design dos personagens feito pela turma da editoria de arte do site, que lemba os blocos Lego. O game pode ser jogado online, direto da página do Gobo Esporte.
À luta, cavaleiros!
Em tempo: o grau de dificuldade é elevado, como no campeonato europeu.
. . . .
RIO 2016: DESAFIO OLÍMPICO
Por falar em esporte, foi linda a vitória do Rio de Janeiro para sediar as Olimpíadas de 2016. Houve, cá e ali, certo excesso de ufanismo, não neguemos. O clima de "já ganhou", antes do resultado oficial ser divulgado, também estava demais da conta. Irrita. E se perdesse?
Mas o evento pode, sim, ser um grande alento para a "cidade desespero". Representa uma oportunidade ímpar para o Rio entrar nos eixos, definitivamente. A cidade merece esta chance. Só não pode empurrar a "sujeira" para debaixo do tapete, como fizera no século passado, na Eco 92.
A vitória é de todos, o povo em primeiro lugar, que é quem faz do Rio a cidade simpática e bonita que é. A festa é da população, e não somente dos governantes. Estes têm o dever de administrar a cidade de maneira impecável, pois nos devem esta vitória. O Rio não é nada sem seu povo. E ele é lindo.
Parabéns para nós.
BEST TO ME
Gay Talese, o MITO, autografando minha UNIVERSIDADE
Aqui, a chancela do monstro
Como se Hemingway assinasse, para você, "O Velho e o Mar". Alcançou, fera?
MICHAEL JACKSON: REI
Michael Jackson ao lado do sobrinho Tito Joe em foto promocional do single "Why", do grupo 3T, formado por Tito Joe, Tariano Adaryll (Taj) e Taryll Adren. Todos filhos de Tito Jackson, irmão mais velho do rei do pop e antigo parceiro nos Jackson's Five, onde tocava guitarra enquanto Michael brilhava à frente dos irmãos.
Criado em 1992, o 3T não durou muito. Seu maior sucesso é a canção "Why", que conta com participação do tio Michael. A música chegou a ficar em segundo lugar na Inglaterra, deixando o grupo atrás apenas das Spice Girls.
Generoso, o tio incentivou e produziu os sobrinhos. No auge, o 3T vendeu 3 milhões de cópias e emplacou canções na trilha de Free Willy e Men in Black. Um número irrisório se comparado com as mais de 750 milhões de cópias de discos vendidas por Michael Jackson.
MJ era mesmo um rapaz fantástico.
Foi-se.
Descanse em paz, Rei.
* * * * *
Veja aqui o clipe de "Why", com participação especial de Michael Jackson.
Tem em MP3 também. Sei lá. Vai que alguém queira.
SABEDORIA DE GAY
"Antes a profissão era associada à credibilidade, as pessoas estudavam para praticá-la. Há 25 anos, o jornalismo passou a ficar competitivo da forma errada. Virou uma compeição por furos. Esse foi o primeiro erro."
Quem diz é Gay Talese, veterano do New York Times, Esquire e tantas outras publicações seminais do bom jornalismo americano. Fera da observação minuciosa, da caneta elegante e da extraordinária reportagem. Criador do "new journalism" nos anos 1960 (gênero que aproxima o jornalismo da literatura), junto com Tom Wolfe e Truman Capote.
Talese estará na Festa Literária Internacional de Paraty (Flip) neste sábado. Falará sobre jornalismo, literatura e o que mais lhe der na telha. É um ótimo contador de histórias.
Aqui, algumas delas.
A propósito, quero parabenizar a minha sobrinha, a mais nova jornalista do pedaço. Nova mermo. Tem oito anos de idade, ainda cursando o primário. Chama a professora de "tia" e gosta de jujuba. E McLanche Feliz.
Mas, desde a canetada do STF no dia 17 de junho, já é jornalista de mão cheia. Tira onda.
O MIMEÓGRAFO DO IRÃ
O Twitter tem ajudado na revolução que toma forma contra o regime fundamentalista do presidente Ahmadinejad, do Irã.
Com os meios de comunicação enfrentando uma censura violenta imposta pela mão forte do Estado iraniano, que lhes tolhe a liberdade de expressão, o microblog torna-se grande aliado da população. A ferramenta é um canal eficiente e dinâmico, ideal para promover a mobilização social e amplificar os protestos da população contra o governo - intensifidados após a divulgação do resultado das eleições realizadas no último dia 12, sob suspeita de fraude, na qual o presidente iraniano conseguiu reeleger-se.
Desde a Revolução Islâmica, de 1979, Teerã não vê um levante popular deste calibre. Uma ogiva nuclear na cabeça de Ahmadinejad.
O Twitter, como ferramenta alternativa de comunicação, está para as eleições do Irã assim como o Blog esteve para o 11 de setembro nos EUA, quando os meios de comunicação tradicionais entrartam em colapso após os ataques terroristas da Al-Qaeda. A destacar que, no caso dos EUA, a liberdade de expressão não fora suspensa.
. . . . . .
Aqui, o artigo "Iran's Protests: Why Twitter Is the Medium of the Movement", publicado na Time Magazine desta semana.
Aqui, o artigo "Iranians Protest Election, Tweeps Protest CNN", também da Time.
E, ainda, a série de fotos das eleições e os protestos que se seguiram.
Para acompanhar a revolução iraniana que vem sendo feita com a ajuda da web:
Via Twitter: twitter.com/IranVote
Via Blog: iranvote.wordpress.com
Via Youtube: youtube.com/iranvote
Fazendo História, em tempo real.
ALÔ MINISTÉRIO DA CULTURA
Foto Rodrigo Soldon
Depois de passar pela barreira de funcionários antipáticos lotados no balcão de recepção e no guarda-volumes do Museu Histórico Nacional, completamente despreparados para lidar com o público, as exposições "Cartazes da guerra - 1936-1939" e "Pierre Verger - Andalucía, 1935" (ambas sobre o período da guerra civil espanhola) são uma maravilha.
Vencendo a rabugentice da recepção, deixe-se levar pelos salões do museu. É um bom passeio, apesar do susto na entrada. Mas não se demore muito, posto que há sempe um funcionário à espreita, com cara de nenhum amigo, doido para te enxotar sob a justificativa surrealista de que "você demorou muito olhando as coisas. Agora já era, sai que vai fechar!".
De que adianta portas automáticas à moda dos aeroportos chiques, o acervo de mais de 287 mil peças de valor histórico inestimável que inclui a maior coleção numismática e filatélica da América Latina, coroas, espadas e carruagens de séculos distantes se o visitante é recebido por funcionários carrancudos que o atendem tirando carne entre os dentes com a unha pintada de vermelho sangue, doidos para te varrerem do local?
Depois nego reclama por que diabos São Paulo tem roubado a importância cultural que um dia fora do Rio.
Olimpíadas na "cidade maravilhosa", né? Tá bom.
Pendura na parede que é Dali purinho.
SHELBORNE
Cerro os olhos
E vejo as unhas vermelhas
Sobre a máquina
De coca-cola
De um hotel em Miami
Out of order
À MODA ANTIGA
Um grupo de holandeses, formado por designers e curiosos de plantão autodenominado Plataform21, tem como atividade passar o tempo fazendo experiências diversas com objetos de toda sorte. Uma antiga capela de Amsterdam serve-lhes de laboratório. Nela, fazem suas pesquisas tendo como inspiração o estudo do design.
E consertam coisas. Muitas delas. Das mais diversas, indo de guarda-chuvas quebrados à teias de aranha furadas.
Estranho? O Plataform21 não acha. A paixão do grupo pelos objetos danificados é tanta que o pessoal criou um Manifesto no qual defendem que "consertar significa dar ao seu produto a oportunidade de ter uma segunda vida. Consertar não é pregar o anti-consumo. É evitar de se jogar algo fora desnecessariamente."
Aqui, o manifesto na íntegra.