17.7.08

ROQUENRROU PRO SEU MOLEQUE

Companheira de passeio nos finais de semana e boa de copo: açaí com morango, dos bem cremosos feito sorvete. Apliquei-a na bebida. Teima, contudo, no "enroladinho de queijo com presunto" (ou "Italiano" - "joelho", como os "da gema" conhecem). Conta oito anos de idade. Uma moça, mas que ainda pede colo.

Filha? Nada. É de outrem. De minha irmã, o que me torna automaticamente seu tio. E ela, sobrinha querida. Aplicou-me Vanessa Hudgens e Lizzie McGuire (Hillary Duff). Mas o estrago não ficou barato para ela: pus-lhe o rock n'ouvido, de modo que a pequena viciou-se em esquisitices que vão de Stray Cats a Titães antigo, mais especificamente "Babi Índio". Tem algumas dúzias de bonecas, mas anda DESTRUINDO no guitar hero, fazendo o tio passar vergonha - logo eu, que REGAÇAVA no Street Fighter de rodoviária.

O segredo? Muito Beatles para crianças quando inda era um bolo de carne desprovido de consciência, esparramado no berço. Mas é aquele papo, você já deve tá dizendo aí com a boca cheia de Passatempo recheado: "Beatles é coisa do meu avô!".

Acha que descolado de verdade é presentear a criança com bonequinha da Amy Winehouse, né, parceiro? Tá de bobeira! VANGUARDA mermo é a coleção "Rockabye Baby! Lullaby Renditions". São 19 discos trazendo versões "de ninar" dos seus grupos de rock prediletos. Vai de Beach Boys a The Cure. Antes que a futura mãe freqüentadora da Casa da Matriz reclame: sim, tem os enjoados Radiohead também. E Björk, Nirvana, Green Day, Metallica, Bob Marley...

O projeto é do CMH Label Group, clássica gravadora independente americana especializada em bluegrass. Sem muitas pretensões, foi criado como opção para um mercado de recém-nascidos abarrotado de clichês. São disquinhos com capas parodiando as dos discos originais. O projeto não tardou a cair nas graças da molecada, principalmente nas dos pais. A linda Katie Hudson, que interpretou a groupie Penny Lane no filme "Quase Famosos", é fã declarada da coleção. Foi por intermédio de uma entrevista com ela que, por acaso, descobri a pérola - e repasso a vocês três.

Claro que não há qualquer previsão de a coleção chegar aqui na terra da banana nanica.

Mas nada que dois cliques no google não resolva.

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Eu já tenho a minha coleção. Negativo. Por enquanto não estou planejando fazer um filho. Bom, tem aquele lance: se a Katie Hudson quiser, vem que tem. Faço um boneco na hora na moça. Meto-lhe dois, um casal de latinamericanos com fome logo.

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A Lia se escangalhou com a crônica da Piauí sobre o lançamento do disco do Roberto Justus. Mas eu rachei o bico pra dedéu foi com o manual de boas maneiras publicado este mês. Há pérolas da grã-finagem brasileira como: Pergunta: Enquanto os convivas estavam distraídos, vomitei no chão. Ninguém percebeu, mas o garçom se aproxima. Como disfarçar o ocorrido? Resposta: O mais apropriado é derramar o resto do vinho sobre o líquido expelido, misturar tudo como pé e discretamente chamar a atenção do serviçal: "Esse vinho que você me serviu parece vômito!"

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Falando na Lia, vai um presente para ela (que anda fazendo essas coisas bacanas) e para você que tem saudades das bonequinhas de papel de antanho: paper doll da Amy winehouse!

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Ah. Ouçam "Frank", da Amy. Primeiro disco da moça, anterior ao "Back to Black". Lindo.

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Demorei, mas "descobri" The Office. De doer o maxilar!