31.1.06

23h32
Impressiona-me o talento que tenho para afastar as pessoas que se aproximam de mim. Sou como repelente. E sigo só.

28.1.06

STREET WEAR
A moda agora na Rua da Alfândega (RJ) é o ATACADÃO dos piercings. A novidade funciona como uma espécie de Kalil M. Gebara bizarro, só que em vez de tecidos e trapos, a casa vende brincos para sobrancelha, língua, umbigo, mamilo, pênis, vagina e - procurando com calma - até para a orelha.

Uma loucura.

A freqüência é vária: vai de porteiro a copeira. Tudo Fashion. Tudo afro-gótico. Tudo descolado. Tudo muito exótico.

Minha criada ficou animada. Visou lançar um no umbigo e outro na sobrancelha. Diz que é sonho de moça.

Apoiei.

26.1.06

O CIRCO VAI PEGAR FOGO!



Eu vou.
Se tudo der certo, terei o ingresso amanhã mesmo.
Volto pra contar.

UPDATE: ingresso na mão.

24.1.06

TÁ SE UZÃNU
Pior do que o SP Fashion Week, só mesmo a moda dos que foram ao SP Fashion Week.

Mas das desfilantes gostei.

Muito garbosas.

E como.

18.1.06

DO QUE AS LETRAS SÃO CAPAZES
Costumo dizer que sou um internauta relapso, haja vista meu natimorto profile no Orkut. Mantenho-o, todavia, porque sou rapaz teimoso. Extremamente antipática, contudo, está lá minha ficha. Não há dados, mas do "about" não abro mão: vez ou outra modifico o que vai no campo onde, por regra, deveríamos escrever, numa viagem egóica, sobre nós mesmos. O ego é murcho, portanto não infla balão, o que torna a minha viagem impossível.

Meu "about" não conhece as nuvens. Jamais brincou com uma cirrus. Rolar na relva entre carneiros de algodão entrecortados por fios de ouro que partem quentes do Sol, também não. Nunca correu de uma cumulunimbus, e desconhece o pavor que essa nuvem grave, senhora dos céus e temida por todos os ases, causa naqueles que partem em revoada, no azul turquesa da calma e celeste estrada.

Meu "about" tem os pés fincados na terra, pés descalços e sujos de lama. Como aqueles galinhos simpáticos que, mudando de rosa para azul e deste para cinza, indicam se irá chover, uso-o como termômetro do que vai em minh'alma, jogando-lhe frases que me caem à frente trazidas por esses acasos do destino.

Meu "about" pode ser vazio, ainda que cheia esteja minha cabeça; pode ser grave, ainda que leve seja o peso sobre os ombros.

Meu "about" não é interessante, definitivamente.

Mas por que mantenho um profile no Orkut?

Porque sou voyeur.

E monitoro.

16.1.06

PARAÍSO

O endereço: Wazir Akbar Khan, End of Street 14
A referência: atrás da Mesquita
A cidade: Kabul
O país: Afeganistão
O slogan: "A tradicional hospitalidade afegã no seu melhor!"
O hotel: http://www.heetal.com/


Dizem que tá bombando.

9.1.06

EMBARGOS DE SÁBADO À NOITE
Sábado fiquei em casa de molho, posto que fui pego de surpresa por uma espinha que resolveu brotar na linha tênue que separa o nariz do lábio superior. Bem sobre a área do, hum, moustache, pra ser mais exato. Kinda tardia e algo bizarra, a danada. Pela manhã, tentei estourar.
Doeu que só. Em vão, inchou. E ficou fêa pra daná.

Fiquei um verdadeiro Panthro, e ostentei um lábio leporino bacana mermo. Lábio que merecia foto em livro de biologia. Em todo caso, fiz um registro digital, que agora enfeita a área de trabalho do meu computador.

Bom, mas eu estava falando que fiquei em casa no final de semana, né?

Então.

Pois aproveitei a minha convalescença para assistir ao "Live By Request". E o programa de sábado estava particularmente bacana com o Blondie sobre o palco. Mas algo Irritante, contudo, se levarmos em consideração a presença desnecessária de uma hostess que, entre uma música e outra, fazia intervenções non gratas. Parecia o finado Globo de Ouro, mas em vez do roliço César Filho, o programa tinha como apresentadora a gatinha Jules Asner, o que minimizava o mal-estar. Fazia tempo que eu não a via, acho que desde a minha época de viciado em "Wild On" (hoje, do E!, tenho uma queda por "It's Good To Be").

Bicho, gosto tanto de Blondie que sou capaz de achar até mesmo o clipe "The Island of the Lost Souls" uma obra de arte. Sério. Também não preciso dizer que a Debbie Harry fez parte dos meus sonhos proibidos de adolescente. E pós. Já quis muito ir ali, meu chapa. Portanto o show de sábado me faria agradecer aos deuses pelo lábio leporino que se me instalara. Ficar em casa assistindo ao programa soava como um presente.

Ledo engano.

Foi um pesadelo!

A banda é a mesma, não tenho do que reclamar. O batera (que não sei por que motivo me lembra o Pablo Villaça, que me lembra Nico Resende, que me lembra Biafra, que ainda não morreu de Aids), continua virtuoso e destruindo nor batuque car baqueta. Agora a Debbie Harry, senhores, essa tá com uma voz ruim de dar dó. Não canta mais nada. Uma decepção. Mas isso não azedaria a apresentação se não fosse por um pequeno detalhe:

Ela tá os cornos da ANA MARIA BRAGA!!
Holy crap!

Mané, não consegui assistir ao show sem dissociar a Debbie da débil. Só faltou o câncer no cu, porque de resto tá cuspida e escarrada, sem ter o que tirar nem pôr. É triste, mas ela, que era um pitéu, há muito embagaçou.

E ainda passei o show realmente tenso achando que o Louro José ia surgir do nada com algum quiz tosco.

Medonho.

2.1.06

'ROUND MIDNIGHT
Reveillon causa um comichão nas pessoas que eu não entendo. Parece carnaval - tem até bloco! Sinceramente não vejo sentido em comemorar a passagem de ano. Para mim, os festejos de fim de ano não diferem do ato ridículo de bater palmas para o pôr-do-sol na praia de Ipanema. Enquanto nas areias do Posto Nove os banhistas COMEMORAM o movimento de ROTAÇÃO da Terra, no reveillon, nas areias de todos os rostos e festas de todos os gostos, os patifes vestidos de branco comemoram o de TRANSLAÇÃO. E só.

E com um agravante medonho: estourando champanhes e bebendo em taças de cristal com gosto de armário. Nada mais cafona. Porque levar a sério o brindar com uma bebida popular de corrida de automóvel só pode ser brincadeira. Ou mau gosto MERMO.

Patético.

Vou para Plutão, onde o movimento de translação é de 448 anos 248 anos.

E não tem carnaval.

Nem praia.