18.3.08

DRUMMOND



"Eu nasci quando o Dr. Freud estava lançando a psicanálise."

"A poesia, por si mesma, é uma explicação do mundo. Agora, a explicação da poesia fica por conta do leitor e da sensibilidade dele."

"Não é propriamente o julgamento literário, a meu ver, que influi em poesia. É uma certa capacidade de comunicação que o poeta consegue - ou não, porque nem sempre ele consegue - que faz com que uma pessoa desconhecida, que mora no Piauí, escreva para a gente uma carta e diga: 'Olha, eu li um poema seu. Estava angustiada, estava desesperada. Seu poema é doloroso, é angustioso, mas ele me fez bem.'"

"Era um mundo diferente (...), a gente tinha medo de engolir a hóstia na hora da comunhão e mastigar porque aquilo era pecado gravíssimo. Todas essas coisas enchem a cabeça da gente de porcarias. Então a minha poesia, no fundo, foi um processo de depuração interna. Eu vomitei tudo isso na minha poesia.

"Essa precariedade, essa falta de continuidade do sentimento humano é o maior entrave ao amor."

"Eu sou bastante telefoneiro. Não sei se existe essa palavra."

"EM geral eu escrevo em casa, à noite ou de manhã. Eu gosto muito de meu escritório, dos meus papéis, dos meus arquivos. Eu tenho um papelório grande, grande que me acompanha pela vida toda."


Palavras sábias de Carlos Drummond de Andrade pinçadas do "Arquivo N", da Globo News, especial sobre o poeta de Itabira, exibido em agosto do ano passado.

No embalo, sugiro a leitura de "Cordialmente, Carlos", publicado pela Piauí deste mês. Belo relato sobre a troca de correspondências entre Helena Maria Vicari e Drummond, mantida por 25 anos ininterruptos. Dona Helena, 68 anos vividos na pequena Guaporé, cidade escondida na serra Gaúcha, jamais conheceu pessoalmente o poeta mineiro radicado no Rio. Importante dizer.

NOTA: caso o vídeo não rode ("this video is no longer available"), CLIQUE AQUI para assisti-lo. É que há uma certa incompatibilidade com o Firefox neste vídeo. Sugiro - extraordinariamente desta feita -, o uso do IE.

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