18.6.09

ALÔ MINISTÉRIO DA CULTURA

museu_historico_rio
Foto Rodrigo Soldon

Depois de passar pela barreira de funcionários antipáticos lotados no balcão de recepção e no guarda-volumes do Museu Histórico Nacional, completamente despreparados para lidar com o público, as exposições "Cartazes da guerra - 1936-1939" e "Pierre Verger - Andalucía, 1935" (ambas sobre o período da guerra civil espanhola) são uma maravilha.

Vencendo a rabugentice da recepção, deixe-se levar pelos salões do museu. É um bom passeio, apesar do susto na entrada. Mas não se demore muito, posto que há sempe um funcionário à espreita, com cara de nenhum amigo, doido para te enxotar sob a justificativa surrealista de que "você demorou muito olhando as coisas. Agora já era, sai que vai fechar!".

De que adianta portas automáticas à moda dos aeroportos chiques, o acervo de mais de 287 mil peças de valor histórico inestimável que inclui a maior coleção numismática e filatélica da América Latina, coroas, espadas e carruagens de séculos distantes se o visitante é recebido por funcionários carrancudos que o atendem tirando carne entre os dentes com a unha pintada de vermelho sangue, doidos para te varrerem do local?

Depois nego reclama por que diabos São Paulo tem roubado a importância cultural que um dia fora do Rio.

Olimpíadas na "cidade maravilhosa", né? Tá bom.

Pendura na parede que é Dali purinho.

Nenhum comentário: