7.12.07


SOBRE NADA

O que pega é que não tenho ajuda de ninguém. Do velho, então, nem um tapinha nas costas. Mas a vida é boa, e reclamar não leva a nada. Sigo o horizonte, caçando o sol como Quixote os moinhos de vento. A cada poente, girando atrás da bola de fogo, vou tentando aprisioná-lo nas mãos em concha. Chegará o dia em que, heróico, encerrarei a luz numa gaiola. E, egoísta, usarei-a como lanterna. Os caminhos jamais serão sombrios. Deitarei luz divina a escorrer dourada pelos campos floridos por onde passarei. À luz!

2 comentários:

Anônimo disse...

Eu acho que a gente segue o horizonte porque nunca tem outra coisa melhor para fazer mesmo...

carlos eduardo disse...

à luz de pouco antes de o ocidente se assombrar.