2.11.05

TARDE DE ÓCIO PELO RIO
Veja como é bom não sair no final de semana. Em vez de gastar os suados cruzeiros em gasolina, mé e entradas várias de boates e afins, economizo uns bons merréis e posso me dar ao luxo de gastar, em uma tarde atípica flanando pelas ruas nervosas do centro Rio de Janeiro sem me preocupar com a hora, vários cobres em papel.

Quando se tem todo o tempo do mundo no centro, nada melhor do que percorrer os seus diversos sebos. Há vários excelentes. Alguns bem escondidos, outros pertos de famosas megastores ou até no caminho de alguns centros culturais. Próximos a inferninhos? Há também. E não são raros. Há ainda aqueles cuidadosamente malocados em sobrelojas de prédios centenários, sempre amontoados de livros e cobertos por uma bruma particular e fina carregada de literatura – mas esses geralmente são para os insiders. Conheço-os porque o meu velho, quem me ensinou a gostar de livros – ainda que no início minha única relação com eles fosse a de abri-los rapidamente à procura de figuras para logo ser tomado pela frustração de nenhuma encontrar, o que me levava a troca-los por um gibi (cena que se repetia com certa freqüência) –, tinha como roteiro dos nossos passeios esses cubículos.

Pois rodei por vários desses hoje. E fiz compras que me deixaram realmente satisfeito. Arrematei, por exemplo, o BRock do Arthur Dapieve e o Verdade Tropical do Caetano Veloso por apenas R$30 – o primeiro está esgotado, já o segundo havia se tornado um desejo logo que comecei a devorar as páginas de uma edição emprestada por um amigo do peito. Comprei também o volume que me faltava das crônicas de Machado (justamente o primeiro), em capa de couro por R$15, e ainda levei para casa uma bela edição de O Homem Proibido (Nelson Rodrigues sob o pseudônimo de Suzana Flag) que me custou apenas R$7.

No caminho pra casa, passei ainda no Info Center e pus na sacola um par de caixinhas de som e, petulante, um mouse óptico. As caixinhas sequer sussurraram ligadas ao meu computador. Já o mouse tá funcionando que é uma beleza.

Fiquei felizão, rapá. E como não encontrei nenhum dos meus três amigos em casa pra dividir o momento comigo, vim pra cá escrever esse texto chato cheio de períodos longos.

E aproveitei pra tirar ondinha com meu mouse óptico.

:P

Um comentário:

Anônimo disse...

;**