KYNEMA
Tava dando uma googlada sobre o pseudo-cinema tupiniquim, mas precisamente naqueles da boca do lixo, e caí, obviamente, como não poderia faltar na rede, numa das muitas referências a respeito do filme "proibido" da Xuxa: "Amor, estranho amor", de Walter Hugo Khoury.
O diretor, pra quem não sabe, é o gênio por trás de pérolas como "Prisioneiros do Sexo","Eros, o Deus do amor" e o genial "Eu", com Tarcisio Meira envolvivo num triângulo amoroso onde até a filha o vovô-garoto traça. A tara de Tarcisão por pescoços de outrem é caso à parte e dá um toque magistral à película. Sem contar com a participação relevante de Monique Evans, que surge do nada, se despe e fica andando de um lado pro outro, peitinho empinado, falando palavrões: não faltam caralhos na boca da morena.
Arte!
Mas não quero falar sobre o mestre. Tampouco sobre a rainha que fez a alegria do piá no soft-porn "Amor, estranho amor."
Peço a palavra pra tratar de questão mais nobre, portanto.
Amantes do cinema pátrio, regozijai!
Através de extensas googladas, fui conduzido à Shangrilá do nosso cinema marginal. Infelizmente o paraíso em forma de locadora fica longe, lá em Pernambuco.
Mas navegar pelo acervo de filmes nacionais da loja é programa obrigatório, pode acreditar.
Só lá você encontra pérolas da sétima arte como:
"A Baroanesa transviada" (com Dercy Gonçalves)
"A difícil vida fácil" (genial trocadilho!)
"Espelho de carne" (com a cena clássica de Denis Carvalho e Daniel Filho apostando no pôquer quem vai dar pra quem)
"Eu transo ela transa" (bela conjugação verbal)
"Com a cama na cabeça" (sem comentários)
E até o inacreditável "Costinha, o libertino"
Cousa fina.
*Um adendo: como aqui nessa terra de ninguém impera a contradição, depois de rodar filmes tão inspirados, Walter Hugo Khoury dirigiu o lúdico "Monica e a Sereia do Rio", uma animação em parceria com Maurício de Souza, o nosso Walt Disney wannabe - porque alguém "gotta do the dirt job"!
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